Estudos de Caso

Reino Unido

Casos

A poesia e o jogo lingüístico oferecem àqueles que vivem com demência a oportunidade de se expressar e se engajar em interações com significado dentro de um ambiente seguro e ‘livre de falhas’. Através desta forma de expressão lúdica e sem julgamentos, os estudos revelam que mesmo as pessoas que vivem com demência avançada podem comunicar aspectos de suas experiências e percepções (Clare, Rowlands, Bruce, Surr, & Downs, 2008).

O envolvimento de pacientes e da população como agentes ativos no desenvolvimento de pesquisas na área da saúde provou ser benéfico para todos os envolvidos. De fato, a estrutura conhecida para garantir o envolvimento de pacientes e do público (do inglês PPI – Public and Patient Involvement) é agora comum em todo o Reino Unido, tanto em ambientes de pesquisas acadêmicas como em ambientes de prestação de cuidados médicos.

Infelizmente, os modelos tradicionais de comunicação e consulta comumente adotados pelos profissionais que praticam PPI costumam ser inadequados para indivíduos com alterações cognitivas como a demência. Apresentações longas, grupos de trabalho com múltiplas etapas e oficinas espalhadas por períodos longos podem dificultar o engajamento de pessoas com demência ao invés de potencializar suas habilidades cognitivas. É importante reconhecer que, apesar dos déficits causados pela demência, muitas habilidades cognitivas permanecem intactas, por isso torna-se possível contar com a valiosa contribuição de pessoas com demência quando dado o devido suporte. Levando isso em consideração, temos pilotado uma nova abordagem de PPI adaptada para indivíduos com demência que não possuem a tradicional fluência verbal e cognitiva.

O Workshop:

Objetivos: 

  • – Envolver pessoas que vivem com demência e seus cuidadores na pesquisa sobre demência em andamento, especificamente através da apresentação da visão geral resumida. Realizado verbalmente por meio de imagens relevantes.
  • – Promover a discussão em torno deste tópico em um ambiente seguro, livre de julgamentos e criativo. Capacitar indivíduos que vivem com dificuldades cognitivas a contribuir para a discussão.
  • – Avaliar a viabilidade do uso deste método em maior escala para comunicar os objetivos e resultados da pesquisa com indivíduos vivendo com dificuldades cognitivas.

Participantes e facilitadores:

– 4 facilitadores, incluindo:

  • O Especialista em PPI que liderou a preparação do workshop e o cumprimento do cronograma, Dra. Sarah Fox.
  • A Diretora Executiva da Age UK Trafford, que estava familiarizada com aqueles vivendo com demência e seus cuidadores, a Sra. Ann Marie Jones.
  • O Especialista em poesia e comunicação, Dr. Sam Illingworth
  • O Psicogeriatra e diretor clínico do Centro de Pesquisa em Demências da Greater Manchester, Dr. Ross Dunne.

– Participantes: 

* 2 pessoas vivendo com demência

* 2 pessoas com comprometimento cognitivo leve (CCL)

* 3 cuidadores

Preparação:

– Sediamos nossa oficina em um local familiar para aqueles que vivem com demência, neste caso, foi um local da Age UK, em uma sala onde os participantes da oficina se reuniam regularmente para um café para falar sobre demência.

– Programamos 15-20 minutos no início da oficina para chá e biscoitos. Durante este tempo, todos os participantes, facilitadores e pesquisadores foram encorajados a conhecer um ao outro.

– O Dr. Dunne abriu a sessão com uma breve apresentação (15 minutos) sobre como as proteínas apontadas como causadoras da doença de Alzheimer podem ser visualizadas no cérebro e usadas como um indicador de alerta/risco precoce. A apresentação do Dr Dunne foi amplamente visual e coloquial, evitando acrônimos ou linguagem técnica.

– O Dr. Illingworth então apresentou 3 poemas bem conhecidos, usando-os como ponto de partida para encorajar conversas abertas e criativas em torno dos principais pontos da fala do Dr. Dunne, incluindo os benefícios do diagnóstico precoce e as imagens do cérebro por ele mostradas. Durante essas conversas, todos os facilitadores participaram das discussões e o Dr. Illingworth coletou comentários e citações dos participantes.

– Finalmente, o Dr. Illingworth apresentou um poema que ele criou com base nas conversas da sessão anterior e coletamos opiniões sobre o workshop.

Avaliação:

Pergunta 1: Este método criou resultados que refletiram os sentimentos individuais e a compreensão do tema da pesquisa?

O poema que surgiu deste workshop abordou vários aspectos da apresentação do Dr Dunne: incluindo o impacto da demência no indivíduo, o processo de receber um diagnóstico, o interesse por uma discussão aberta e honesta sobre diagnóstico e pesquisa, e uma reflexão sobre as imagens mostradas durante a apresentação.

O poema (abaixo) abordou muitos pontos importantes e refletiu bem o tema em discussão:

 

Jogando a bola no caminho errado

 

Minha mente não é técnica,

Não consigo fazer duas palavras rimar;

Elas medem o tamanho do cérebro,

Não há agulha demasiado fina.

 

Este é o meu mantra:

Você pode descobrir mais sobre isso?

Ser capaz de falar sobre isso,

É tão importante quanto os fatos.

 

Eu não acho que eu gostaria de saber

Não sem uma cura,

Eu vivi sob a sombra da demência

Por 16 anos ou mais.

 

E quem é que decide isto,

Você perguntaria ao seu médico?

Como as pessoas são selecionadas,

Isto é realmente para mim?

 

Às vezes, quando me esqueço, digo:

Eu vou tomar o comprimido antes de dar a você.

 

Este aqui parece um cogumelo.

Esta parece uma traça,

Quando eu olhei para as imagens

Eu pensava que este parecia mais vivo,

E suponho que eles são realmente:

Livres de qualquer inibição.

 

Pergunta 2: O que os participantes ganharam com a sessão? 

Palavras usadas pelos participantes para descrever o evento:

  • Positivo
  • Informativo
  • Esperançoso
  • Agradável
  • Engraçado
  • Amigável
  • Esperança para o futuro.

 Comentário extra:

  • “esta é a melhor [demência] que já me foi explicada”

Reflexão do representante da Age UK que ajudou a recrutar participantes para o evento:

Marcar o evento como um workshop de poesia pode ser desanimador para algumas pessoas – ou seja, elas podem estar preocupadas em ter que escrever seus próprios poemas. Isto deve ser considerado ao anunciar futuros workshops.

Reflexão:

No geral, o evento foi um sucesso, revisto positivamente pelos participantes e produzindo um poema que refletiu as questões levantadas pela apresentação do Dr. Dunne.

Chaves para o sucesso:

  • Criar um ambiente menos formal e dar tempo para uma discussão descontraída:
  • Receber em um local familiar e ao lado de pessoal conhecido.
  • Encorajar a conversa com o outro no início da oficina.
  • Assegurar que o conteúdo técnico fosse apresentado em um estilo de conversa acessível, focando em aspectos relevantes às pessoas com demência, ou seja, benefícios do diagnóstico precoce e imagens interessantes.
  • Trabalhar com um profissional criativo para captar a discussão e criar o poema resultante.
  • Encorajar a apropriação do grupo com relação ao poema resultante e o orgulho pelo seu desenvolvimento.

Pontos de aprendizagem:

  • O recrutamento para a oficina foi um desafio, isso pode ter sido devido à preocupação com a necessidade dos participantes de criar seus próprios poemas. Para eventos futuros, deve ficar claro que isto não é uma expectativa da oficina.

 

Parceiros:

  • Dementia United (Programa da Greater Manchester Integrated Care Partnership para demência)
  • Conselho de TRAFFORD
  • Conselho de Wigan
  • GreaterSport
  • Made by Mortals
  • Together Dementia Support

 

Financiamento: Dementia United e ambos os conselhos de Trafford e Wigan (municípios da região da Grande Manchester com populações entre 250.000 e 350.000, respectivamente) combinaram financiamento para o desenvolvimento deste projeto educativo, totalizando £30.000.

Contexto: Estão surgindo evidências impressionantes que sugerem que 40% dos casos de demência podem ser evitados ou atrasados através de pequenas mudanças na forma como vivemos nossas vidas. Isto inclui mudanças em nossa dieta, na maneira como administramos as doenças pré-existentes e com a frequência com que somos ativos social e fisicamente (https://brain.health/). Há também evidências crescentes que sugerem que a arte, a música e as atividades de lazer podem oferecer benefícios físicos e psicológicos para aqueles que vivem com demência e seus provedores de cuidados (arts4dementia.org.uk/sp/).

Infelizmente, a pandemia da COVID-19 tem colocado os serviços britânicos sob pressão considerável, causando impacto negativo no envolvimento de indivíduos em atividades comunitárias e de lazer. Isto custou muito caro às pessoas idosas e àqueles que vivem com demência. Cerca de 25% das mortes por COVID-19 no Reino Unido foram de pessoas vivendo com demência e as evidências sugerem que as mudanças na saúde e no estilo de vida causadas pela pandemia estão aumentando a pressão sobre as pessoas que vivem com demência. Estas mudanças de saúde e estilo de vida também podem aumentar o risco de demência em muitos indivíduos que atualmente não vivem com a condição.

Portanto, é extremamente importante que apoiemos atividades que possam melhorar a saúde e o bem-estar daqueles que vivem com demência, ao mesmo tempo em que melhoramos a saúde cerebral e a resiliência de toda a nossa população.

Processo: Duas organizações foram selecionadas para receber o financiamento e desenvolver o pacote de treinamento, ambas trazendo habilidades e experiências complementares para o projeto.

  • Made By Mortals (MbM): são especialistas na co-criação de podcases (estudo de casos no formato de podcast), filmes e teatro musical, e já tinham experiência na criação de pacotes de treinamento semelhantes e bem-sucedidos.
  • Together Dementia Support (TDS): é uma instituição beneficente que auxilia pessoas para que vivam com demência de forma ativa e positiva. Eles possuem um vasto conhecimento sobre como desenvolver e co-produzir trabalhos em conjunto com pessoas que vivem com demência.

Made By Mortals (MbM) têm um grupo central de até vinte e cinco pessoas com mais de 60 anos de idade com os quais trabalham todas as semanas. Um bom número de pessoas no grupo tem proximidade com o tópico das demências, alterações cognitivas leves ou em ser um cuidador. Inicialmente são ministradas oficinas na sede do Together Dementia Support (TDS) envolvendo cuidadores e pessoas que vivem com demência, e depois são convidados cerca de 6 deles para se juntarem ao grupo dos 60+ durante o período de duração do projeto. O trabalho em parceria com a TDS permitiu que a equipe MbM se encontrasse com pessoas vivendo com demência (e seus cuidadores) em grupos e locais com os quais já estavam familiarizados. Isto lhes permitiu obter uma valiosa visão da “vida real” sob a perspectiva de quem convive com o diagnóstico, sendo igualmente benéfico para o recrutamento de participantes, que em vez de começarem do zero, contaram com aqueles já parte do projeto.

Sally Ferris, CEO da Together Dementia Support, disse: “Os membros do grupo ‘Fab Forgetful Friends’, da TDS, ficaram encantados em ter a oportunidade de compartilhar suas histórias pessoais envolvendo suas estratégias para permanecerem ativos. Eles adoraram as sessões semanais de oficinas com o Made by Mortals, improvisando, experimentando, escrevendo e lendo roteiros. Foi uma experiência nova e estimulante para eles e gostariam de continuar trabalhando com o MbM – se os recursos puderem ser encontrados para permitir sua continuidade. Esse mesmo obstáculo destaca a necessidade desse treinamento: as organizações precisam entender a necessidade de financiamento e comprometimento se quiserem que pessoas com demência permaneçam ativas e incluídas.”

O método utilizado pela MbM para criar conteúdo imersivo vem de uma série de atividades criativas de escrita/drama e música que lentamente se acumulam em um acervo de experiências da vida real e idéias imaginativas. Estas idéias levam ao ponto de partida da peça em áudio sendo uma história de amor sobre um casal passando por uma jornada que os levou a se apaixonar de novo após o diagnóstico. Este foi um tema comum que saiu de conversas com pessoas e suas vivências.

A peça de áudio foi baseada na história de personagens fictícios, em oposição a recontar a história pessoal de qualquer um. Todos que participaram das oficinas contribuíram para a construção dos personagens fictícios com base em suas experiências reais: onde moram, os amigos que têm, o que fazem com seu tempo, as roupas que vestem, cada aspecto deles. Isto permitiu que as pessoas que participaram da criação pudessem emprestar muito ou pouco de suas próprias experiências na construção de personagens. Ao criar a obra desta forma, isto permitiu que todos que ajudaram a fazer o personagem pudessem se identificar com ele.

A partir disto, o roteiro foi formado e depois passou por um processo de vai e vem com o grupo para determinar o rascunho final para a gravação. A música para a peça também foi co-criada com o grupo – a música desempenha o papel conectando a demência e o amor na peça. Por exemplo, nos momentos em que a demência parece estar a levar a melhor sobre Ruby (e Dennis), a música é cortada por breves momentos, representando as lacunas no funcionamento neurológico das pessoas que convivem com a demência – uma ideia que surgiu de um dos participantes com demência. Da mesma forma, o ritmo que se ouve na guitarra nesses momentos, vem de uma frase que um participante disse quando lhe perguntaram como é viver com demência, “perdido num nevoeiro”.

Um dos objetivos da peça era que o ouvinte “caminhasse com os sapatos do outro”, colocando-os dentro da experiência. Uma das formas de o conseguir foi ter todas as diferentes vozes de mulheres no áudio interpretando a personagem Ruby, e todas as vozes de homens interpretando Dennis. Estas vozes são as dos participantes, o que encoraja o ouvinte a sentir que a experiência pode acontecer a qualquer pessoa; os ouvintes são capazes de sentir, compreender e ter empatia.  Esta decisão também apoia a inclusão e acessibilidade para todos os participantes.

Uma vez concluído o áudio, uma série de oficinas foi entregue às pessoas que vivem com demência, seus cuidadores e serviços/lugares/organizações que oferecem melhores práticas para as pessoas que vivem com demência. Durante essas oficinas o áudio é reproduzido, e depois de imersos no universo de Ruby e Dennis, é hora de responder algumas perguntas:

1) Como você se sentiu ao ouvir isso?

2) Como seria uma boa experiência para Ruby & Dennis em seu serviço oferecido ou lugar de atendimento?

3) Quais são as barreiras que impedem a Ruby & Dennis de ter essa boa experiência?

4) O que você e/ou sua equipe pode fazer para auxiliar a Ruby & Dennis a ter essa boa experiência?

As respostas dadas foram gravadas e depois editadas em ‘pacotes de áudio adicionais’, o que proporcionou uma maior percepção e experiência da vida real.

Avaliação: A avaliação deste trabalho será contínua à medida que implementarmos o treinamento em toda a cidade. No entanto, a avaliação em estágio inicial dos workshops piloto tem sido extremamente positiva.

Sete dos sete participantes que participaram das oficinas piloto afirmaram que acreditam que a oficina e seus materiais de apoio seriam de benefício prático para eles e suas organizações. Entre os que responderam, estavam:

  • Trabalhadores sociais e comunitários
  • Lideranças de bairro
  • Provedores de atividades consideradas para o lazer

Opinião selecionada: “O que você gostou desta oficina?”

  • A oficina foi informativa e me ajudou a perceber como deve ser a sensação de cuidar de alguém com Demência, e como deve ser para a pessoa convivendo com o diagnóstico.
  • Gostei do fato de ter sido algo diferente apenas usando o áudio, apesar de ser uma pessoa bastante visual e ter sentido falta de recursos em vídeo.
  • Ouvir o podcast realmente te transporta para os desafios enfrentados por alguém com demência e seus cuidadores, é uma excelente perspectiva do “outro lado”.
  • Achei os podcasts poderosos e envolventes, realmente permite que você caminhe nos sapatos de Ruby e Dennis e tenha uma ideia de como é viver com demência.

Este treinamento agora está disponível para acesso no site da MbM (Dementia Resource – Made by Mortals) e está em processo de lançamento no Greater Manchester com o objetivo de construir uma ampla rede de apoio para pessoas que vivem com uma dificuldade cognitiva. Nosso objetivo está em abordar e desafiar estereótipos, mitos e estigmas e garantir que a comunidade se sinta confiante em apoiar pessoas com demência a permanecerem ativas e conectadas em suas comunidades.

 

Every Third Minute era um grande festival de teatro que explorava criativamente idéias em torno da demência, mas que também desafiou as percepções do público ao representar experiências vividas sob diferentes ângulos. A fim de explorar experiências de pessoas com demência de maneira mais equilibrada, pessoas com o diagnóstico e seus cuidadores foram recrutadas para formar um grupo de curadoria criativa em maio de 2017. Eles assumiram a responsabilidade de dirigir o conteúdo artístico e os processos do festiva em um movimento colaborativo liderado pela pesquisadora Nicky Taylor. Os curadores programaram produções teatrais e co-criaram grande parte da atividade artística que se apresentou no Festival, apoiados pela experiência dos profissionais da Leeds Playhouse.

Os curadores batizaram o festival com base na estatística de que alguém no Reino Unido desenvolve demência a cada três minutos (tradução literal do título do festival no inglês). O festival Every Third Minutes aconteceu de 9 de fevereiro a 31 de março de 2018. O Festival de sete semanas, com a participação de mais de 7.500 pessoas, foi composto de 12 produções incluindo três peças de teatro inéditas co-escritas por pessoas que vivem com demência, quatro programas de treinamento, 16 oficinas e uma turnê de apresentações em residenciais geriátricos.

A avaliação final foi realizada com membros do público e participantes e é discutida em detalhes no relatório disponível aqui (Taylor e Hughes, 2019): ETM_Spreads_Webversion_Linked.pdf (leedsplayhouse.org.uk)

O processo de co-produção criativa com os curadores do festival foi investigado em pesquisas acadêmicas conduzidas por Nicky Taylor como base de seu estudo de doutorado. As publicações devem acontecer em futuro próximo.

O impacto do Festival tem sido significativo para os curadores envolvidos, que desenvolvem novas habilidades, conexões sociais e crescimento pessoal através de seu envolvimento.

O trabalho contínuo de co-produção com os curadores está em andamento além do festival.

“Tivemos voz” – Curador.

“É como desenvolver músculos, usar nossas habilidades, ficar mais corajoso” – Curador.

“Percebi que ainda tenho talentos para oferecer, os quais não utilizo desde que comecei a trabalhar” – Curador.

O feedback positivo do público, artistas e participantes indicou que o festival abriu conversas e mudou percepções sobre demência, em direção a perspectivas mais informadas e esperançosas.

“Isso me fez sentir confiante em relação às pessoas que vivem com demência, pois sua vida não acabou, é apenas diferente” – membro do público.

“Já contei a muitas pessoas – amigos e colegas de trabalho – sobre a condição de meu pai – algo que eu tinha tido dificuldades em conversar antes do festival. Seu envolvimento foi uma boa plataforma para abrir a conversa sobre demência” – familiar.

As abordagens do festival continuam a ter impacto na atividade cotidiana do Leeds Playhouse. Desde o festival, as pessoas com demência se engajaram na co-criação de outra grande produção – Maggie May – em linha com a abordagem amiga da demência no teatro, o que resulta em uma maior participação de todos.

“Eu entendia o assunto intelectualmente antes, mas agora o entendo emocionalmente melhor” – membro do público.

Every Third Minute foi financiado através de uma doação Celebrating Age do Arts Council England e The Baring Foundation e contou com o apoio do Conselho Municipal de Leeds, The Liz & Terry Bramall Foundation, Irwin Mitchell Solicitors, Skipton Building Society, Winston Churchill Memorial Trust, NHS National Institute for Health Research e Join Dementia Research.

Nota: Em junho de 2018 o nome da organização foi mudado de West Yorkshire Playhouse para Leeds Playhouse.

Mais informações:

nicky.taylor(at)leedsplayhouse(dot)org(dot)uk

O ACCG é uma instituição beneficente criada em 1983. Nosso objetivo é oferecer suporte em cuidado através de uma gama de serviços adaptados especificamente às necessidades de pessoas com demência, seus familiares e comunidade.

Os serviços relacionados ao bem-estar da comunidade do Claremont Resource Centre oferecem um ambiente amigável e acolhedor onde as pessoas podem se encontrar com amigos antigos ou fazer novas amizades. Os participantes têm acesso a atividades como sessões de cinema, música, jogos de tabuleiro, arte e artesanato, arranjos florais, jardinagem, sessões de atividades físicas e conexões digitais em nossa aconchegante e confortável sala desenhada para que os usuários possam socializar.

A ACCG reconhece a importância dos estímulos multissensoriais, que são benéficos para manter as habilidades cognitivas dos usuários de nossos serviços. Nosso especialista em demência oferece suporte a usuários de serviços como sessões de Relaxamento por Aromaterapia – que estimulam o olfato e os sentidos tácteis dos usuários de serviços.  A sessão pode acomodar até dez participantes.

O serviço de atendimento e aconselhamento sobre demência pode ser acessado de forma gratuita e confidencial com objetivo de ajudar pessoas na busca por um diagnóstico de demência e/ou pós-diagnóstico. Nosso especialista pode visitar os usuários do serviço na comunidade, em suas casas, no hospital e no Claremont Resource Centre.

O suporte oferecido é centrado na pessoa e reconhece as diversas necessidades de atendimento. Esta prestação de cuidados permite que os cuidadores recebam o tão necessário descanso que lhes permite continuar em suas funções de cuidado e permanecer em seu emprego.

Mais indormações:

https://www.facebook.com/AfricanCaribbeanCareGroup

Email: Dementia(at)accg(dot)org(dot)uk

Hamari Yaadain – que significa “Nossas Memórias” em alguns idiomas do Sul da Ásia – é um ‘café da memória’ para pessoas de origem sul-asiática. O memory café é uma iniciativa para falar sobre demência e outros problemas relacionados à memória fora do ambiente hospitalar, funcionando como um grupo de suporte e convivência. O projeto acontece desde 2010 oferecendo apoio emocional e atividades semanais em inglês, Punjabi, Urdu e Hindi. O café é administrado pela Touchstone e liderado por Ripaljeet Kaur para atender às necessidades específicas das pessoas afetadas por demência e seus cuidadores de origem sul-asiática, que não são atendidas pelos principais serviços de saúde no sistema convencional.

“É administrado em sua língua materna para que as pessoas se sintam confortáveis, e em consequência do idioma e da cultura, esse acaba sendo o único grupo frequentado pela maioria deles. Trata-se de reunir as pessoas e fazê-las se sentirem mais confortáveis falando sobre os problemas que estão enfrentando”. – afirma a liderança do projeto

As sessões semanais encorajam as pessoas a falar abertamente sobre demência – uma condição que é estigmatizada e mal compreendida. Uma gama de abordagens é usada para envolver os participantes, e as artes desempenham um papel vital neste contexto. Os membros do grupo escreveram sua própria canção e uma pequena peça teatral em parceria com artistas e organizações parceiras. As sessões de dança, reminiscência e música oferecem um estímulo físico e mental. Outras oportunidades incluem sessões de pintura em cerâmica e artes visuais que têm mostrado melhora na concentração, foco e humor. A participação em atividades artísticas é um evento regular, onde pessoas com demência e seus cuidadores podem ganhar confiança e colaborar entre eles.

“Costumávamos nos sentir solitários – a solidão é um grande mal. Mas vir aqui para conhecer outros membros ajuda a trazer recordações de volta. O grupo é como uma família. Acho que é muito proveitoso estar aqui”. O pessoal fala nossa língua, e nos entendem” – diz um participante

“Quando entramos na sala, ela está um pouco abatida. Mas nós passamos duas horas aqui e seu humor se transforma. Ela acha especialmente agradável quando o grupo faz algo junto”. – acompanhante da família

São oferecidos refrescos e a conversa é encorajada. Uma vez que os participantes da pandemia da COVID são capazes de participar de reuniões presenciais ou on-line, já que as duas são agora misturadas.

Além das reuniões semanais, os membros e o pessoal do café têm causado um impacto positivo na comunidade local e nacional de demência, como defensores de uma maior consciência das necessidades das comunidades minoritárias.

O projeto é financiado pela Touchstone.

 

Para mais informações consulte

The website

Yorkshire Evening Post article 1

Yorkshire Post article

ITV article

The Guardian article

Asian Express article

 

https://www.thebeestonstudio.uk

“The Studio” é ‘um lugar para criar e conectar’, onde as pessoas podem experimentar novas habilidades ou praticar atividades familiares de lazer. Os cuidadores podem acompanhá-lo, se assim o desejarem, ou tirar algum tempo, confiantes de que a pessoa com demência está desfrutando de cuidados excelentes num ambiente estimulante. O modelo do “The Studio” foi desenvolvido por meio de consulta à comunidade e com base em evidências de pesquisas.

Sempre começamos o dia com exercícios sentados, devido à importância do condicionamento físico e da flexibilidade à medida que envelhecemos. Em seguida, seguimos com jogos de arremessar e pegar promovendo a coordenação física. Em seguida, todos desfrutamos de uma bebida e um lanche antes de continuar a sessão com uma atividade baseada em artes.

A cada mês há um tema e cada sessão tem diversas atividades relacionadas a esse tema. As pessoas que gostam de vir ao “The Studio” para a clínica dia têm uma ampla gama de interesses que pretendemos incluir por meio de atividades planejadas. Os métodos utilizados incluem conversação, reminiscência, recursos digitais, contar estórias, pintura, colagem, escultura, artesanato, música, canto e poesia.

Há sempre muitas risadas e os pequenos grupos se conhecem bem. No total, a sessão de clínica dia tem três horas de duração. Os clientes pagam uma taxa por sessão para participar.

Um exemplo de programa para uma sessão:

Tema- cores

10h00 Reunião com os participantes e conversa geral

10h10 Exercícios sentados

10h40 Jogo de bocha

11h00 Bebida e lanche juntamente com uma discussão geral sobre as cores do tema, incluindo como as cores fazem os participantes se sentirem, perguntando aos clientes quais são suas cores favoritas

11h30 Atividade – Usando aquarela para pintar um arco-íris

12h00 Músicas temáticas para cantar junto

12h30 Leituras de poesia – tema de cores

13:00 Fim

Mantemos a clínica dia personalizada e improvisamos com atividades alternativas para os participantes realizarem caso não estejam gostando ou se engajando na atividade principal programada. Por exemplo, se um participante não quiser participar da pintura, ele ainda pode fazer parte das conversas e realizar algo de sua preferência, como acariciar os animais de estimação da terapia robótica. É importante que nenhum cliente se sinta forçado a realizar uma atividade.

O “The Studio” é avaliado através do feedback verbal dos cuidadores dos participantes que frequentem a sessão, sendo que qualquer feedback é sempre levado em conta para melhorar o serviço. Valorizamos a opinião dos cuidadores e construímos um relacionamento com eles para que saibam que podem sempre recorrer à equipe se precisarem de apoio ou conselho extra.

Durante 50 semanas por ano, pessoas idosas em situação de isolamento e solidão se encontram semanalmente no coração do edifício Albany para trabalhar ao lado de artistas e ter a oportunidade de descobrir o artista dentro de si. É possível, por exemplo, que os participantes sejam suspensos em sedas em uma oficina circense, que desfrutem de uma apresentação de jazz, que criem suas próprias esculturas, escrevam poesias ou juntem-se a um coro semanal.

Meet me at” (“Encontre-me no…” na tradução livre) nasceu de uma simples pergunta compartilhada pela Albany e a Entelechy Arts (organização beneficente localizada em Londres):

“E se os idosos isolados e solitários tivessem a oportunidade de ir a um centro de artes ao invés de um centro-dia?

Meet Me at the Albany (MMATA) é um clube de artes e convivência voltado a pessoas com 65 anos ou mais no coração de Deptford, Londres.

Este projeto tem evoluído desde 2013, indo muito além do clube semanal no Albany. Trabalhamos em parceria com a Lewisham Homes realizando sessões criativas para residentes em vários modelos de moradia independente em todo o bairro, criando exposições de poesia e apresentações. Lideramos o festival Rage Against the Machine, desafiando a percepção da sociedade sobre pessoas mais velhas em nossas comunidades.

Organizamos um cineclube chamado “Meet Me at the Movies” (“Encontre-me no Cinema”), onde temos exibições de filmes escolhidos por idosos. E para destinos culturais há o “Meet Me on the Move” (“Encontre-me no movimento”) com passeios mensais pela cidade de Londres, das Casas do Parlamento ao Salão do Royal Festival.

Nosso programa inovou e evoluiu durante o lockdown, realizando grupos criativos semanais via telefone para que nossos membros pudessem participar do conforto de suas casas. Foi também a partir da pandemia que criamos “Meet Me on the Radio” (“Encontre-me na Rádio”), e você pode escutar todos os nossos episódios em nosso site. Tem sido um espaço incrível para que as vozes e opiniões dos mais velhos sejam ouvidas por uma audiência de mais 1000 pessoas em todo o mundo!

A MMATA é financiado por fundações e através do público com doações únicas ou se tornando um membros com doações fixas semanais. Vale mencionar que a MMATA não poderia acontecer e prestar os cuidados que presta a tantos membros sem a fantástica equipe de voluntários. Os voluntários oferecem apoio a todos os aspectos do programa, incluindo a introdução de pessoas idosas isoladas em atividades criativas. Para os voluntários, também é muito importante fazer parte do projeto, desenvolvendo habilidades criativas, sociais e práticas.

A MMATA é brilhante graças ao nível de cuidado, apoio e consistência do programa. As necessidades individuais e os requisitos para acesso são atendidos e nos orgulhamos por nossa acolhida calorosa. É um espaço único para os idosos – que não se veriam como artistas – poderem experimentar e colaborar com artistas, músicos e criadores talentosos, criando obras de arte e performances de alta qualidade. 

“Não é apenas um clube, é uma experiência” Membro do MMA.

Nossas reuniões são espaços para assegurar que as vozes dos membros estejam no coração do programa “Meet Me at”, eles dirigem e guiam os artistas, projetos e experiências com os quais trabalhamos, juntamente com o conhecimento e experiência da equipe de funcionários em um centro de artes de categoria e reconhecimento mundial.

Antes, durante e depois da pandemia, sabemos que nosso programa reuniu pessoas e garantiu que aqueles mais isolados pudessem permanecer conectados com outros, encontrando velhos amigos e fazendo novos. Sabemos que as atividades criativas, desde a pintura até o canto, passando pelo movimento e a dança, tiveram um impacto positivo na saúde mental e física dessas pessoas. Temos mantido os participantes em movimento e em atividade além do conforto de suas casas (seja em pessoa ou através da linha telefônica). O programa tem sido fundamental para a construção da confiança em voltar ao mundo depois de um tempo desafiador vivenciado coletivamente.

“‘Meet Me at’ é uma parte muito importante de nossas vidas, conhecer pessoas, reunir-se, comunicar-se uns com os outros faz você se sentir relaxado nos momentos de maior necessidade. Recaídas me fazem sentir abatido, mas você chega ao ‘Meet Me at’ e se sente confortável podendo explicar e ouvir diferentes pontos de vista, nós nos entendemos em momentos de necessidade…. Eu me sinto muito feliz quando chego àquela comunidade…”. Membro MMA 

Em nosso variado programa, realizamos entre 15 – 20 sessões por mês e 50 – 70 membros estão regularmente envolvidos em atividades criativas, com mais pessoas sendo encaminhadas ao nosso programa durante todas as semanas.

Os novos membros descobrem sobre nós de muitas maneiras diferentes, inclusive por conta própria, mas também encaminhados através da familiares ou amigos, e até por meio de prescrições sociais (saiba mais sobre o recente projeto da Entelechy Arts Thriving Communities aqui). 

A Albany acaba de receber o credenciamento como parte do Dementia Friendly Venues Charter de Londres (para creditar espaços e serviços amigáveis à pessoa com demência) e continuará a rever e adaptar o acesso em seus prédio e presença on-line para garantir que seja mais acessível para todas as pessoas que vivem com Dementia e seus cuidadores.

Um projeto colabortativo entre o Albany e o Entelechy Arts.

Informações

Facebook: @EntelechyArts  AND @Albany.Deptford

Twitter: @EntelechyArts   AND @theAlbanySE8

Instagram: @entelechyarts  AND @thealbanyse8

A produtora do projeto Meet Me at the Albany é Sophie Merriman.

Sophie(dot)merriman(at)thealbany(dot)org(dot)uk

A liderança dos projetos Meet me on the Move e Meet Me at the Movies (sobre cinema e passeios externos) é Roxanna Kennedy.

roxanna(dot)kennedy(at)entelechyarts(dot)org

 

Uma residência artística para revelar o ‘mundo real dos residenciais de idosos’ por dois artistas – Claire Ford e Kate Sweeney – no Northbourne Care Home, Gateshead.

Claire e Kate viveram no lar de idosos durante cinco semanas, e criaram juntas um espaço de estúdio para fazer arte digital e visual com moradores e funcionários em uma parte inutilizada do residencial.

Os objetivos do projeto incluíam:

  • Entender os efeitos de viver em um residencial de idosos e refletir sobre estes sentimentos como artistas;
  • Criar relações fortes com funcionários e familiares para promover a sustentabilidade;
  • Mudar as percepções da demência e o que está realmente acontecendo dentro de instituições de longa permanência;
  • Fornecer uma produção criativa contínua para os residentes durante um mês para ver as diferenças do início ao fim.

Numerosas oportunidades foram criadas dentro do projeto. Por exemplo, uma exposição de envelopes de tricot foi mostrada na comunidade local e as pessoas foram encorajadas a enviar respostas postais aos residentes. Um grande número de cartões postais foi recebido.

“Só serve para mostrar como as pessoas querem alcançar a comunidade e quantas instituições têm estes muros invisíveis, às vezes reais, ao redor deles, mantendo a comunidade do lado de fora”. – artista

“A ênfase no cuidado e amor e na bondade recai sobre o time de funcionários. O esforço emocional é muitas vezes escondido”. – artista

O residencial abriu as portas para novos conhecimento e confiança nas atividades artísticas dentro de sua equipe, já que o trabalho com os artistas proporcionou oportunidades de treinamento e aprendizado com foco na sustentabilidade do programa.

 

“A demência tem muita estranheza presente em suas frases que não faz muito sentido, mas há lacunas que podem ser bastante bonitas, bastante impactantes, bastante poderosas para quem decidir escutar. E assim talvez a arte permita um espaço para isso, enquanto o mundo real não sabe como lidar com ela”. – artista

O impacto positivo da residência dos artistas foi notado pelos membros da família e do pessoal.

“Eu nunca conheci minha mãe tão bem resolvida e feliz. E isso é o que eles precisam para se manterem estimulados, não é?”. – membro da família

“Eles – residentes das instituições de longa permanência – se expressaram de maneiras diferentes e muito além da fala, especialmente aqueles com demência. Assim conseguem desbloquear um monte de coisas”. – equipe de atendimento

O Moving In Residency ocorreu no anexo da Northbourne Care Home, um espaço não utilizado que estava fechado devido ao não cumprimento das normas para os banheiros das suítes. Durante a residência, o anexo foi transformado em um estúdio, mudando diariamente com resultados criativos e obras de arte. Funcionários, residentes e familiares visitaram os artistas e começaram a utilizar o espaço. A exposição final de Moving In (dezembro de 2017) transformou o espaço em um centro profissional de artes, no qual os diretores de residenciais de idosos viram todo o seu potencial. O anexo em Northbourne é agora ‘The Hub’ – um espaço comunitário com um cabeleireiro, um barracão de ferramentas, uma cozinha para os residentes usarem, um estúdio de arte e uma sala de cinema. Uma verdadeira transformação que traz grande energia para o espaço. 

Financiado pelo Arts Council England em colaboração com Equal Arts e Anchor Care Homes.

Mais informações:

Claire Ford and Kate Sweeney

Claire(at)claire-ford(dot)co(dot)uk

Thumbprod(at)Hotmail(dot)com

 

 

A Dementia Inclusive Singing Network (DISN) ajuda as pessoas acometidas pela demência a participar de grupos de canto e coros em toda a Escócia. Pesquisas mostram que cantar é bom para você e cantar em grupo é ainda melhor.

“Cantar é bom para você… e cantar em grupo é ainda melhor.” (Voices Now, The Big Choral Census, julho de 2017). A Dementia Inclusive Singing Network quer compartilhar isso com o maior número de pessoas possível!

A DISN cresceu a partir da Luminate, uma agência de desenvolvimento para o envelhecimento criativo na Escócia. Ela adapta muito aprendizado proveniente do Luminate. Notadamente, a necessidade de inspirar por meio da criatividade e usar esse entusiasmo para desenvolver capacidade. Parceria e colaboração são essenciais. Os setores da Saúde e da Cultura estão conectados. Eventos ao vivo e ferramentas de treinamento estão vinculados como parte do desenvolvimento estratégico. Recursos gratuitos estão disponíveis online. É uma abordagem em rede.

Numa época em que muitos idosos estão mais em casa ou em instituições de longa permanência tendo que se isolar, a rede se propôs a ajudar as pessoas a encontrar maneiras de se conectarem e cantarem juntas.

Se você ou alguém que você conhece desejar cantar em grupo, a rede o ajudará a encontrar oportunidades. Se você é um líder musical ou organizador, a rede oferece oportunidades de treinamento e networking. Se você deseja apoiar pessoas acometidas pela demência ou trabalhar em um ambiente de assistência ou comunidade e gostaria de oferecer sessões de canto inclusivas para demência, agora você pode se juntar à nossa rede preenchendo um pequeno formulário online.

A rede oferece ajuda em três áreas:

1) Encontrar um grupo.

O formulário on-line ajuda as pessoas a encontrarem um grupo por local. Também permite que você registre seu próprio grupo, para que a rede possa expandir continuamente.

2) Liderar um grupo.

As redes atendem às necessidades práticas e musicais.

Primeiramente, tem função educacional para melhorar a conscientização sobre Alzheimer e demência entre os líderes de grupos de canto. Isso inclui informações sobre como se comunicar com as pessoas, pessoalmente, por meio impresso ou por planejamento de uma sessão. Ao mesmo tempo, procura reduzir a desinformação e o estigma.

Em segundo lugar, o aspecto musical. O site oferece repertório construído a partir de formas musicais escocesas, e o tipo de música com que os idosos na Escócia podem estar acostumados a cantar em grupos. Disponibiliza letras de fácil compreensão, partituras e pontuações, juntamente com guias de vídeo.

3) Cante em casa

O programa foi se desenvolvendo presencialmente e então houve o impacto da Covid. Isso levou a necessidade de trabalhar para pessoas que estavam isoladas em casa. O benefício duradouro desta crise é que o projeto está construindo apoios que podem ajudar pessoas que vivem com Alzheimer e seus cuidadores, se estiverem confinados em casa.

No site, algumas músicas são divididas em suas partes constituintes – letra da música, música com notação, acompanhamento de piano, filmes e música gravada para a canção. Isto facilita a adaptação em casa.

A Dementia Inclusive Singing Network oferece um modelo útil para outros países e tradições de canto. Muitas das ferramentas necessárias (canções, letras, música, gravações) ou educação (informações sobre demência e Alzheimer, como conduzir sessões inclusivas) já estão disponíveis. A genialidade do DISN é conectar as disciplinas para trazer o que já existe para aqueles que podem se beneficiar mais, principalmente fazendo a ponte entre os mundos da cultura, da criatividade e da assistência social.

https://singing.luminatescotland.org/

 

Resumo

Durante o Covid-19, “String of Hearts” desenvolveu um serviço de chamadas telefônicas musicais a ‘Linha Direta Musical’ para apoiar pessoas sem acesso à Internet, que agora está sendo prescrito socialmente por clínicos gerais e profissionais de saúde em Trafford e Manchester.

A “Linha Direta Musical” foi criada com três coisas em mente: conexão, criatividade e auto-expressão. Criada a partir das barreiras ao acesso à atividades criativas sem a internet, as chamadas permitem que idosos se envolvam na criação musical usando apenas o telefone.

Os dados coletados pela Ofcom mostram que mais de um terço das pessoas no Reino Unido com mais de 65 anos não usam a Internet, o que está causando uma divisão digital à medida que mais e mais serviços são prestados online. Isso foi reforçado por meio de conversas com profissionais com vínculo sociais, cujo número de casos de idosos em situação de isolamento social, luto e condições de saúde crônicas aumentou.

Os idosos são encaminhados para o “String of Hearts” pelos clínicos gerais, pelo sistema de saúde e outros profissionais de saúde. Quinzenalmente, um músico do ‘String of Hearts’ telefona para cada indivíduo para descobrir seus interesses musicais, cantar e escrever poesias ou letras. Os músicos respondem organicamente ao gosto musical de cada um e improvisam melodias na hora. Este modelo de chamada telefônica musical é acessível às pessoas com deficiência visual e pessoas com ansiedade ou depressão crônica, que podem participar por telefone sem a pressão de se juntar a um grupo, em horário combinado com elas.

Descrição detalhada

Até o momento, String of Hearts recebeu mais de 90 referências de indicação social e realizou mais de 600 telefonemas musicais para idosos em Trafford e Manchester. Os telefonemas ainda para as pessoas que estão em casa e não podem participar pessoalmente das atividades.

Para medir a diferença que a Music Hotline faz, a avaliação é incorporada ao serviço por meio de entrevistas individuais, registros de observação e feedback de profissionais ligados à assistência social, com dados que demonstram melhor bem-estar, conexões e criatividade para adultos mais velhos.

Os telefonemas musicais deram um senso de propósito e elevaram o ânimo: “Gostei muito. Mantém-me focado, levanta nosso ânimo, eu adoro isso”. Os indivíduos são capazes de expressar seus pensamentos, sentimentos e ideias: “É difícil manter o entusiasmo vivo quando não há contato humano; é difícil criar você mesmo. Aguardo com expectativa estes telefonemas, é uma tábua de salvação para o mundo exterior, com alguém que partilha interesses… É uma terapia maravilhosa para a alma e para o corpo físico”.

Os participantes desenvolveram sua criatividade durante os telefonemas, com vários escrevendo seus próprios poemas e canções: “É um talento que posso trabalhar em mim mesmo”. Em 2021, os músicos e participantes do “String of Hearts “organizaram a música em um álbum chamado ‘Spotlights’ para realçar a criatividade dos idosos que ficaram escondidos durante o Covid-19.

String of Hearts recebeu reconhecimento nacional por seu envolvimento em música e sociabilização do “The Independent, ITV News, BBC Radio, Culture Health & Wellbeing Alliance” e da Sociedade Britânica de Gerontologia.

A “Linha Direta Musical” foi apoiada por subsídios da Greater Manchester Integrated Care Partnership, Trafford Council, Trafford Housing Trust, JT Blairs Charity e National Lottery Community Fund, bem como doações pessoais. Mais recentemente, a “String of Hearts” também recebeu financiamento da assistência social do “Be Well Service” e da Academia Nacional de Assistência Social, com o objetivo de demonstrar o valor de se investir em atividades criativas como parte da saúde e assistência social para apoiar as pessoas a viver bem no futuro.

Nas palavras dos assistentes socais da North Trafford Primary Care Network:

“O impacto positivo para todos aqueles que se dedicaram à sua saúde mental superou em muito as expectativas. Muitas vezes, isso incluiu pacientes difíceis de serem alcançados, especialmente durante a pandemia, quando o ‘String of Hearts” se adaptou rapidamente às necessidades da comunidade e estabeleceu uma linha direta de telefonema musical quando o atendimento presencial não era possível. Continuamos a encaminhar pacientes regularmente para o serviço ‘String of Hearts” e somos muito gratos por todo o excelente trabalho que fazem para ajudar a promover uma comunidade mais feliz e saudável”.

Website:  www.stringofhearts.co.uk

Blog: https://www.culturehealthandwellbeing.org.uk/news/blog/guest-blog-string-hearts-lucy-geddes-and-amina-hussain

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