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Gustavo Adrián Páez (“el indio”) e Gustavo Adrián Neira (“el motoneta”) criaram “Copa y Vida” com base no “violão de quatro mãos” – duas pessoas tocando um único violão. Os dois artistas vêm de uma zona vulnerável, violenta e perigosa (Chimbas) localizada em San Juan, Argentina. Tocar violão tem sido seu caminho para ter uma vida mais saudável, e agora eles resolveram compartilhar sua história e criar uma escola para ensinar jovens estudantes de populações vulneráveis. Eles ensinam diferentes grupos nos bairros que circundam a capital de San Juan: Carpintería (50 quilômetros de distância), Valle Grande (20 quilômetros de distância) e no centro de San Juan. Atualmente os grupos de alunos incluem uma diversidade de gênero equilibrada, formada por 40% meninas e 60% meninos. Eles viajam para as cidades, pegam emprestado espaços para as salas de aula e arrecadam fundos com festas e com a generosidade da comunidade.

Gustavo e Adrián estão profundamente enraizados em suas comunidades, por isso sua abordagem é feita a partir do lugar. Eles tocam e ensinam a música que fala diretamente com as pessoas ao seu redor, engajando, apoiando e retribuindo à sua comunidade.

Agustin Ibanez é professor de neurociência na Universidade Adolfo Ibanez (BrainLat, Chile) e na Trinity College Dublin. Dominic Campbell é um Produtor Cultural baseado na Irlanda (e líder do projeto artsandbrain.com). Ambos fazem parte do Global Brain Health Institute (www.gbhi.org) e da Atlantic Fellowship (www.atlanticfellowship.org).

Juntos Gustavo, Adrián, Agustin e Dominic têm explorado como a educação positiva da saúde cerebral pode ser levada aos jovens através da educação musical na região de Chimbas, o que pode reduzir o potencial de doenças cerebrais ao longo da vida e ajudar as comunidades a apoiar pessoas com diagnósticos complexos.

Ao mesmo tempo, eles identificam e articulam os muitos recursos já existentes na comunidade: Atividades e comportamento positivos para a saúde do cérebro já são inerentes ao trabalho da Copa Y Vida e de sua comunidade. Isto inclui abordagens baseadas na empatia, na mobilização do capital social e na construção de ambientes mais seguros para os jovens.

A resiliência das comunidades desafiadas depende freqüentemente da criatividade radicada nestes comportamentos e valores. Algumas pessoas criam para se expressar, outras criam para viver. As comunidades já têm muito a ensinar. Há inúmeras iniciativas que combatem a desigualdade isoladamente no nível da comunidade que precisam de ajuda para torná-las conhecidas e disseminadas. Com abordagens bem informadas e abertas, é possível promover e gerar feedback entre elas.

A música tem múltiplos benefícios para a saúde do cérebro. Ela ativa múltiplos processos cerebrais com diferentes benefícios ao ouvir, tocar, compor e performar juntos. Notas, ritmos e freqüências, melodias familiares ou novas músicas animam e exercitam o cérebro de maneiras que a ciência só entende parcialmente. A música nos relaxa ou nos anima. As pessoas que vivem com a doença de Alzheimer freqüentemente respondem à música quando os outros sentidos se desvanecem. O aprendizado do violão pode alimentar a autodisciplina, encorajar a atenção e foco, e até mesmo promover o autocuidado. Ensinar música faz entender que a emoção é um elemento chave para o crescimento e desenvolvimento humano. Ela encoraja a aprendizagem autodirigida, a curiosidade, a imaginação e a empatia.

Acelerar a erradicação das iniquidades é um trabalho de autêntica colaboração. Requer atividade local e a melhor informação disponível em todo o mundo para estar em harmonia. A Copa Y Vida está apenas começando.

www.copayvida.com